CRESCIMENTO DE GIRASSÓIS ORNAMENTAIS SOB ESTRESSE SALINO EM HIDROPONIA DE BAIXO CUSTO

Autores

  • José Amilton Santos Júnior Universidade Federal Rural de Pernambuco - DEAGRI/UFRPE
  • Hans Raj Gheyi Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - NEAS/UFRB
  • Antônio Ramos Cavalcante Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - PPGEA/UFRB
  • Anna Hozana Francilino Universidade Federal Rural de Pernambuco - PPGEA/UFRPE
  • Aldrin Martin Perez-Marin Instituto Nacional do Semiárido - INSA/MCTI

DOI:

https://doi.org/10.15809/irriga.2016v21n3p591-604

Resumo

CRESCIMENTO DE GIRASSÓIS ORNAMENTAIS SOB ESTRESSE SALINO EM HIDROPONIA DE BAIXO CUSTO

 

 

JOSÉ AMILTON SANTOS JÚNIOR1; HANS RAJ GHEYI2; ANTÔNIO RAMOS CAVALCANTE3; ANNA HOZANA FRANCILINO1 E ALDRIN MARTIN PEREZ-MARIN4

 

1Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Recife-PE. E-mail: eng.amiltonjr@hotmail.com; annafrancilino7@gmail.com; 2Núcleo de Engenharia de Água e Solo, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Cruz das Almas-BA. E-mail: hans@pq.cnpq.br; 3Licenciado em Ciências Agrárias. E-mail: antonio_soledade@hotmail.com; 4Instituto Nacional do Semiárido. Campina Grande-PB. E-mail: aldrin.perez@insa.gov.br

 

 

1 RESUMO

 

A busca por alternativas que viabilizem o aproveitamento de águas salobras na região semiárida é de suma importância, isto por que possibilita a produção agrícola em regiões de escassez de água e a geração de renda para comunidades difusas. Baseado nestas premissas, o objetivo do presente trabalho foi analisar o comportamento do crescimento de flores de corte de girassóis ornamentais (cv. Sol Noturno, cv. Anão de Jardim e cv. Bonito de Outono) sob níveis crescentes de salinidade da solução nutritiva (1,7 – testemunha; 4,3; 6,0 e 9,0 dS m-1) cultivadas em um módulo hidropônico de baixo custo. Distribuíram-se estes tratamentos em um delineamento experimental inteiramente casualizado, analisado em esquema fatorial 4x3, com três repetições, totalizando 36 unidades experimentais. Verificou-se que o número de folhas foi o parâmetro de crescimento mais resiliente ao incremento salino até 9 dS m-1, com 35% de perdas acumuladas, seguido do diâmetro do caule com 41%, do comprimento do caule com 51% e da área foliar com 66% aos 49 dias após o semeio.

 

Palavras-chave: Produção de flores, salinidade, semiárido brasileiro.

 

 

SANTOS JÚNIOR, J.A.; GHEYI, H. R.; CAVALCANTE, A. R.; FRANCILINO, A. H.; PEREZ-MARIN, A. M.

GROWTH OF ORNAMENTAL SUNFLOWERS UNDER SALINE STRESS IN HYDROPONIC SYSTEM OF LOW COST

 

 

2 ABSTRACT

 

The search for alternatives that enable the use of brackish water in the semiarid region is of great importance, because it permits agricultural production in areas of scarcity and income generation for diffuse communities. Based on these assumptions, the aim of this study was to analyze the behavior of ornamental sunflowers growth to cut flowers (cv. Sol Noturno, cv. Anão de Jardim e cv. Bonito de Outono) under increasing levels of salinity of the nutrient solution (1.7 – control, 4.3, 6.0 and 9.0 dS m-1) grown in a low cost hydroponic module . These treatments were distributed in a completely randomized design, in a factorial scheme 4x3, with three repetitions, totaling 36 experimental units.  It was found that the number of leaves was the most resilient growth parameter to increment of salinity until 9 dS m-1, with 35% of cumulative losses, followed by stem diameter with 41%, the plant height with 51%, and leaf area with 66%, at 49 days after sowing.

 

Keywords: Flowers production, salinity, Brazilian semiarid.

Biografia do Autor

José Amilton Santos Júnior, Universidade Federal Rural de Pernambuco - DEAGRI/UFRPE

Engenheiro Agrícola (2009), Mestre em Engenharia Agrícola (2010) e Doutor em Engenharia Agrícola (2013) pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Atuou entre 2011 e 2015 no Instituto Nacional do Semiárido, INSA/MCTI, como Gestor da Estação Experimental do INSA (Portaria INSA/MCTI nº 10 de 24 de agosto de 2011). Atualmente é Professor Adjunto, lotado no Departamento de Engenharia Agrícola da UFRPE/Sede. Tem experiência na área de Engenharia Agrícola, com ênfase em Engenharia de Água e Solo, atuando principalmente nos seguintes temas: aproveitamento de águas salobras, residuárias e amarelas na produção agrícola em condições de solo e hidroponia; manejo de oleaginosas e drenagem de terras agrícolas. Também já atuou em atividades de extensão rural e capacitação de comunidades rurais.

Hans Raj Gheyi, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - NEAS/UFRB

Possui graduação em Agricultura - University of Udai Pur (1963), mestrado em Ciências do Solo - Punjab Agricultural University (1965) e doutorado em Ciências Agronômicas - Universite Catholique de Louvain (1974). Atualmente é professor aposentado (titular) da Universidade Federal de Campina Grande, editor chefe da Revista Agriambi da Universidade Federal de Campina Grande, professor visitante nacional senior na UFRB. Tem experiência na área de Engenharia Agrícola, com ênfase em Engenharia de Água e Solo, atuando principalmente nos seguintes temas: salinidade, irrigação, fertilidade, relação solo água planta, estresse salino, tolerância de plantas a déficit hídrico, qualidade de água e reuso da água .

Antônio Ramos Cavalcante, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - PPGEA/UFRB

Mestrando Engenharia Agrícola (2014), pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Graduação em Ciências Agrárias (2013) pela Universidade Federal da Paraíba e Técnico Agrícola (2008) pelo Colégio Agrícola Vidal de Negreiros vinculado à Universidade federal da Paraíba, especializado em Agropecuária. Bolsista/Pesquisador do Instituto Nacional do Semiárido, INSA/MCTI, atuando com Pesquisa na área de Hidroponia para a produção de Hortaliças, com o aproveitamento de água salobra, Tem experiência na área de Ciências Agrárias e produção animal.

Anna Hozana Francilino, Universidade Federal Rural de Pernambuco - PPGEA/UFRPE

Mestranda em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, UFRPE. Graduada em Tecnologia em Irrigação e Drenagem pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, IFCE, Campus Iguatu.Trabalhou como bolsista e analista de laboratório junto ao Laboratório de Água, Solos e Tecidos Vegetais (LABAS) do IFCE desenvolvendo pesquisa nas áreas de Química do Solo e Qualidade de água para fins de Irrigação.Trabalhou como Bolsista da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico- FUNCAP, desenvolvendo projetos na área de hortaliças (Olericultura).

Aldrin Martin Perez-Marin, Instituto Nacional do Semiárido - INSA/MCTI

Possui graduação em Ciências Agrárias pela Universidad Popular de Nicarágua (1999) e Universidade Federal Rural de Pernambuco, especialização em Pedologia Aplicada pelo instituto Agronômico de Campinas (2004), mestrado em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) pela Universidade Federal de Viçosa (2002) e doutorado em Energia Nuclear na Agricultura e Meio ambiente (Solos e Nutrição de Plantas), com foco em Dinâmica de Nutrientes e Fitomassa em Agro-Ecossistemas regionais do semiárido brasileiro, pela Universidade Federal de Pernambuco (2006). Trabalhou durante cinco anos em projetos de desenvolvimento rural e agroecologia na Nicarágua. Entre 2006 a 2008, foi pesquisador concursado do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) na área de manejo e conservação do solo e água. Atualmente é Pesquisador do Instituto Nacional do Semiárido (INSA/MCT) e Professor Permanente do Programa de Pós Graduação em Ciência do Solo da UFPB-CCA, na área Ciclagem Bioquímica de Nutrientes, Desertificação e Sistemas Agroflorestais. Em julho de 2011, assumiu, o cargo de Assessor Técnico do INSA, à frente da Coordenação de Pesquisa e desde 2012 atua como Correspondente Científico do Brasil junto à Convenção das Nações Unidades para o Combate da Desertificação (UNCCD). Ao longo de sua formação acadêmica e experiência profissional têm atuado nas seguintes linhas de ação: Comunicação e Desenvolvimento Rural, Educação Ambiental contextualizada dirigida a agricultores familiares e estudantes de primeiro e segundo grau; Manejo e Conservação do Solo, Agroecologia, Agricultura Familiar, Agricultura Orgânica, Manejo da Fertilidade do Solo, Dinâmica Matéria Orgânica, Estudos de Impacto Ambiental, Planes de Manejo Florestal em Coniferas e Sistemas Agroflorestais no semiárido brasileiro.

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Publicado

2018-06-18

Como Citar

SANTOS JÚNIOR, J. A.; GHEYI, H. R.; CAVALCANTE, A. R.; FRANCILINO, A. H.; PEREZ-MARIN, A. M. CRESCIMENTO DE GIRASSÓIS ORNAMENTAIS SOB ESTRESSE SALINO EM HIDROPONIA DE BAIXO CUSTO. IRRIGA, [S. l.], v. 21, n. 3, p. 591, 2018. DOI: 10.15809/irriga.2016v21n3p591-604. Disponível em: https://irriga.fca.unesp.br/index.php/irriga/article/view/2106. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos