COMPORTAMENTO ESPACIAL DOS PERCENTIS 75 DA PRECIPITAÇÃO DECENCIAL PARA O ESTADO DE SÃO PAULO, NA PRIMAVERA

Resumo

COMPORTAMENTO ESPACIAL DOS PERCENTIS 75 DA PRECIPITAÇÃO DECENCIAL PARA O ESTADO DE SÃO PAULO, NA PRIMAVERA

Benedito Martins Gomes

Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, CP 711, CEP 858114-110, Cascavel – PR, Fone: (0xx45) 220-3154, E-mail: bmgomes@unioeste.br

Raimundo Leite Cruz

Departamento de Engenharia Rural, Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista,CP 237, CEP 18603-970, Botucatu – SP, Fone: (0xx14) 6802-7165,E-mail: cruz@fca.unesp.br

1 RESUMO

No presente estudo foi avaliada a distribuição espacial do percentil 75 da precipitação decendial para o Estado de São Paulo, utilizando-se um total de 136 postos pluviométricos com séries acima de 27 anos de registros. Em um estágio preliminar os valores dos percentis 75 da precipitação decendial foram georeferenciados, permitindo a utilização de técnicas da geoestatística para proceder à interpolação dos dados. Modelos experimentais de semivariogramas padronizados foram obtidos, utilizando-se a variância amostral como fator de escalonamento, permitindo a verificação de proporcionalidade entre os modelos e agrupando-os sob a mesma tendência. O modelo teórico exponencial foi o que melhor se ajustou aos semivariogramas experimentais, seguido pelo modelo esférico. Os parâmetros estimados para os modelos, efeito pepita, patamar e alcance foram utilizados para a realização da krigagem e confecção dos mapas de isolinhas. A distribuição espacial dos percentis 75 da precipitação decendial reflete o comportamento da circulação atmosférica no Estado, apresentando alta variabilidade. As regiões oeste , sudoeste e noroeste  apresentaram as menores intensidades de precipitação e foram variáveis de acordo com os níveis temporais na primavera. A região litorânea apresentou as maiores intensidades de precipitação para quase todos os níveis temporais estudados, diferenciando-se das demais regiões do Estado. A exceção foi à região nordeste no final da primavera que apresentou valores de intensidades maiores do que os registrados no litoral. A faixa litorânea apresentou comportamento homogêneo, detectado pelo forte agrupamento das isolinhas em quase todos os decêndios analisados.

UNITERMOS: precipitação decendial, semivariograma, geoestatística, krigage.

GOMES, B.M., CRUZ, R.L. SPACIAL BEHAVIOR OF TEN-DAY PRECIPITATION 75 percentil FOR SÃO PAULO STATE IN THE SPRING

2 Abstract

In the present study it was evaluated the ten-day precipitation 75 percentil spatial distribution for São Paulo state, using a total of 136 pluviometric stations with series over 27 year- records. In a preliminary phase, the ten-day precipitation 75 percentil  values were georeferred in the space, allowing geostatistics technique use for data interpolation proceeding. Experimental models of standardized  semivariograms were obtained  using  sample variance as a staggering factor, allowing the proportionality verification among the models and grouping them under the same tendency. The exponential theorical pattern was better fitted to the experimental semivariograms, followed by the spherical pattern. The parameters measured for the models, nugget, sill and range effect were used to carry out the kriging and isogram maps preparation. The ten-day precipitation 75 percentil  spatial distribution reflects the atmospheric circulation behavior in the state, presenting high variability. The  western, southwestern and northwestern regions presented the lowest precipitation intensities and varied according to seasonal levels in the spring. The coastal region presented the highest precipitation intensities for almost all  studied seasonal levels, differing from other state regions. The exception was the northeastern region at the end of the spring, which presented higher intensity values than those recorded in the littoral.

Key words: ten day precipitation, semivariogram, geostatistics, kriging.