RESPOSTA DO ALGODOEIRO À SUPRESSÃO HÍDRICA EM DIFERENTES FASES FENOLÓGICAS NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO

Resumo

RESPOSTA DO ALGODOEIRO À SUPRESSÃO HÍDRICA EM DIFERENTES FASES FENOLÓGICAS NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO

RUDAH MARQUES MANIÇOBA¹; JOSÉ ESPÍNOLA SOBRINHO ²; JOÃO HENRIQUE ZONTA³; EDMILSON GOMES CAVALCANTE JUNIOR⁴; ANNA KÉZIA SOARES DE OLIVEIRA⁵ E ISAAC ALVES DA SILVA FREITAS⁶

¹ Universidade Federal Rural do Semi-Árido, UFERSA, Avenida Francisco Mota, 572, Bairro Costa e Silva, RN, Brasil. E-mail: rudahmanicoba@gmail.com

² Centro de Engenharias, Universidade Federal Rural do Semiárido,  UFERSA, Avenida Francisco Mota, 572, Bairro Costa e Silva,  Mossoró,  RN, Brasil. E-mail: jespinola@ufersa.edu.br

³ Embrapa Algodão, Rua Oswaldo Cruz, 1143, Bairro Centenário, Campina Grande, PB, Brasil, E-mail: joao-henrique.zonta@embrapa.br

⁴ Unidade Acadêmica de Engenharia Civil, Universidade Federal de Campina Grande, UFCG, Rua Aprígio Veloso, 882 -Universitário, Campina Grande, PB, Brasil. E-mail: edmilson.gomes@ufcg.edu.br

⁵ Universidade Federal Rural do Semi-Árido, UFERSA, Avenida Francisco Mota, 572, Bairro Costa e Silva, RN, Brasil. E-mail: annakezia@outlook.com

⁶ Universidade Federal Rural do Semi-Árido, UFERSA, Avenida Francisco Mota, 572, Bairro Costa e Silva, RN, Brasil. E-mail: isaacntn@outlook.com

1 RESUMO

O Semiárido do Nordeste brasileiro tem como característica climática a irregularidade temporal e espacial do seu regime de chuvas. Portanto, objetivou-se com o presente trabalho avaliar o efeito da supressão hídrica, aplicada em diferentes fases fenológicas, sobre os componentes de produção de cultivares de algodoeiro herbáceo. O trabalho foi realizado na cidade de Apodi-RN. O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados em parcelas subdivididas e com quatro repetições. Os tratamentos consistiram de quatro períodos de supressão hídrica nos seguintes estágios fenológicos: primeiros botões florais, início do florescimento, pico do florescimento e abertura dos capulhos, além do tratamento controle (sem supressão hídrica) e quatro cultivares de algodoeiro herbáceo: BRS 368 RF, BRS 336, BRS 432 B2RF e BRS 430 B2RF. A supressão hídrica durante as fases de início da abertura das flores e no pico do florescimento foram as mais prejudiciais e as cultivares BRS 432 B2RF e BRS 368RF apresentaram os melhores resultados. Nas condições desse estudo, a irrigação até 90 dias após a emergência foi suficiente para conseguir altas produtividades. Dessa forma, a decisão em irrigar o algodoeiro com ou sem supressão hídrica é válida, e dependerá dos custos da irrigação e do valor de mercado do produto.

Palavras-chave: manejo de irrigação, Gossypium hirsutum L. r. latifolium H., estresse hídrico, produtividade.

MANIÇOBA, R. M; ESPÍNOLA SOBRINHO, J.; ZONTA, J. H.; CAVALCANTE JUNIOR, E. G.; OLIVEIRA, A. K. S. de; FREITAS, I. A. da S.

COTTON RESPONSE TO WATER STRESS AT DIFFERENT PHENOLOGICAL STAGES IN THE BRAZILIAN SEMIARID

2 ABSTRACT

The semiarid of Brazilian northeast has as its climatic characteristic the temporal and spatial irregularity of its rainfall regime. Thus, this work aimed to evaluate the effect of water suppression, applied at different phenological stages, in the production components of herbaceous cotton cultivars. The study was conducted in the city of Apodi-RN. The experimental design was randomized blocks in a split-plot design with four replications. The treatments consist of four periods od water suppression in the following phenological stages: the first square, first flower, peak bloom, and first open boll, besides the control treatment (without water suppression), and four herbaceous cotton cultivars: BRS 368 RF, BRS 336, BRS 432 B2RF and BRS 430 B2RF. Water suppression causes greater losses in cotton yield during the first flower and peak bloom phenological stages, because of the high water demand in these phases. The cultivars BRS 432 B2RF and BRS 368RF had higher yield components. Under this study conditions, irrigation up to 90 days after emergence was sufficient to achieve high yields. Therefore, the decision to irrigate cotton with or without water suppression is valid, and will depend on the costs of irrigation and the market value of the product.

Keywords: irrigation management, Gossypium hirsutum L. r. latifolium H, water stress, productivity.